Ciclo de vida da mulher
Ao longo do ciclo de vida da mulher há momentos de maior fragilidade e alterações fisiológicas, decorrentes da gravidez e da idade, que é importante detetar para intervir o mais precocemente possível de forma a evitar ou reduzir o impacto que estas possam ter na qualidade de vida da mulher quer ao nível físico, sexual e psicológico bem como na dinâmica do casal.
“A longevidade é uma sorte uma dádiva da vida para algumas, as alterações hormonais e fisiológicas fazem parte deste ciclo, mas a qualidade de vida depende de nós da forma como cuidamos do nosso corpo e da nossa mente – seja positiva e cuide da sua saúde”
A fisioterapia pélvica pode ter um papel importante mesmo antes da gravidez.
Durante a gravidez o corpo sofre diversas alterações fisiológicas, que podem ser impactantes na vida da mulher no pós-parto, sendo assim importante atuar de forma a prevenir disfunções a nível uroginecológico.
É fundamental estar preparada, dotada de conhecimento e ter as ferramentas necessárias para viver as fases seguintes de forma tranquila e saudavel.
Na consulta Pré- Concepção a fisioterapeuta irá:
- Avaliar a presença e tratar algum tipo de disfunção.
- Verificar a função muscular do pavimento pélvico, dos músculos abdominais, do diafragma e lombar.
- Avaliar a presença de desequilibrios posturais.
- Verificar a presença de cicatrizes a nível abdominal ou perineal que precisem de ser tratadas.
- Dispareunia (dor durante as relações sexuais).
- Perceber se existem comportamentos ou hábitos importantes para a saúde pélvica da mulher que possam ser alterados ou melhorados.
Esta consulta faz ainda mais sentido para as mulheres que tardam em ter um teste de gravidez positivo e/ou que estão envolvidas em processos de reprodução medicamente assistida.
O processo de envelhecimento tem elevado impacto na qualidade de vida, saúde mental, emocional e física.
A peri-menopausa inicia-se 2 a 10 anos antes, com alterações hormonais (nível do estrogénio, progesterona e testosterona). Continuam na menopausa, com a ausência de menstruação durante pelo menos 12 meses, e na pós-menopausa. Neste período a mulher manifesta alterações a nível do sono, saúde mental e controlo de peso. A saúde pélvica sofre grandes mudanças, ao nível da bexiga, intestino e da própria sexualidade. O sintoma mais frequente é a perda de urina ao fazer esforço (incontinência urinária de esforço), a vontade repentina de urinar (urgência urinária) e infeções urinárias de repetição. O prolapso (queda) de órgãos como a bexiga, o útero ou o reto são outros sintomas, e também a dor na relação sexual (dispareunia), incontinência fecal ou obstipação.
Os músculos do pavimento pélvico, como os restantes músculos do corpo, perdem tonificação, força, resistência e elasticidade. Pela sua função de suporte dos órgãos pélvicos, podem surgir sintomas e patologias como os prolapsos. O aumento de peso corporal e a tendência para a obstipação levam a um esforço adicional da musculatura pélvica.
A manifestação de qualquer sintoma deverá ser motivo para procurar uma fisioterapeuta pélvica. O tempo irá apenas agravar a sintomatologia, interferindo com a vida profissional, social e relacional.
A fisioterapia pélvica vai:
- Tornar os músculos do pavimento pélvico saudáveis e funcionais, com força, resistência, flexibilidade e coordenação.
- Educar para a saúde da bexiga, do intestino e sexual, orientando rotinas diárias individuais, preventivas e saudáveis.
- Abordar todas as alterações hormonais que acontecem e reencaminhar para outros profissionais se necessário.
- Informar sobre a melhor rotina de exercícios pélvicos, criando um programa individualizado com vista à saúde pélvica e minimização dos sintomas associados.
- Sensibilizar para a importância da prática de exercício físico e adaptar a cada mulher.
- Falar sobre o impacto na vida sexual da secura vaginal e da diminuição da libido, das formas em que se pode alcançar o prazer e o orgasmo.
A fisioterapia pélvica é uma aliada da mulher, contribuindo para o seu bem-estar físico, psicológico e emocional!
Esta consulta é dirigida a todas as mulheres/casais que pensam engravidar.
Sabemos que o estado de saúde em geral bem como o estado nutricional de ambos os progenitores, irá influenciar tanto a concretização da gravidez, como a saúde da futura mãe e desenvolvimento do bebé.
Idealmente deverá ser realizada 6 meses antes da conceção.
Na primeira consulta é feita a análise da história clínica, a avaliação antropométrica (nas consultas online os dados antropométricos - peso, altura, perímetro abdominal são fornecidos pelo paciente) bem como o levantamento dos hábitos alimentares para avaliação das rotinas alimentares e da ingestão nutricional.
Após a avaliação individual é iniciado um trabalho de orientação/educação alimentar onde serão fornecidas todas as orientações necessárias para uma otimização do estado nutricional nesta fase da vida da mulher/casal.
Serão ainda avaliadas necessidades específicas de suplementação.
Todo este trabalho é feito indo de encontro ao estilo de vida e rotinas da futura mamã e família, respeitando sempre as preferências alimentares e culturais.
Pretende-se assim que haja uma reeducação/aconselhamento alimentar no sentido de haver uma otimização do estado nutricional e de saúde dos dois progenitores que se considera vital no momento da conceção.
Duração da Primeira Consulta - 1:00 a 1:30.
Duração das Consultas de Seguimento - 30 minutos
Todas as consultas incluem um acompanhamento via WhatsApp para esclarecimento de dúvidas pós-consulta.
O Planeamento das refeições em familia pretende facilitar o dia-a-dia no que diz respeito à preparação das refeições.
É feita uma avaliação dos hábitos alimentares e rotinas da família tentando perceber-se também como são feitas as compras dos alimentos e quem habitualmente os prepara.
Depois de uma avaliação dos métodos culinários mais usados e das preferências alimentares de toda a família, conjugando com as suas rotinas diárias e disponibilidade para a preparação das refeições é elaborada uma primeira proposta de um Plano de Refeições para 6 semanas com sugestões de refeições saudáveis, variadas e equilibradas de sopa, prato e acompanhamentos de hortícolas, que inclui tanto refeições habitualmente preparadas pela família como também sugestões de refeições novas de forma a incluir alimentos saudáveis que a família consumia pouco e pretende consumir mais e alimentos novos que a família pretende passar a consumir mas não sabe como preparar…
Assim ao longo de um mês e meio terão todas as refeições planeadas, levando a uma melhor organização tanto na hora de preparar a refeição como na aquisição de alimentos, permitindo mais facilmente elaborar uma lista de compras rápida e com apenas os alimentos que vão precisar para essa semana, evitando assim o desperdício alimentar. Um plano de 6 semanas permite ainda que se possa voltar à semana 1, ao fim de um mês e meio, evitando que os meses sejam todos iguais.
Depois da primeira proposta ser avaliada pela família, serão feitas as alterações (se necessárias) de modo a que o planto seja totalmente funcional e com o Plano de Refeições final seguem dicas de como preparar acompanhamentos para mais do que uma refeição, dicas de refeições que podem ser congeladas e alternativas para serem servidas depois de forma diferente, receitas das refeições que a família não está habituada a preparar e até sugestões de como otimizar a utilização dos robots de cozinha.
Este serviço tem acompanhamento via WhatsApp para orientação e esclarecimento de dúvidas.
A Infertilidade é considerada, pela Organização Mundial de Saúde (OMS), como uma Doença do Sistema Reprodutivo, que se traduz na incapacidade de engravidar ou de levar a termo uma gravidez, após 12 meses ou mais de relações sexuais regulares e sem uso de contracepção. Segundo dados da Associação Portuguesa de Fertilidade, a infertilidade atinge 15 a 20% dos casais em todo o mundo – 300 mil em Portugal. O diagnóstico de infertilidade, associado aos tratamentos médicos subsequentes, têm impacto na saúde mental e psicológica, da mulher e do homem, mas também do casal. Considerando que pode ser uma situação inesperada, geradora de stress e ansiedade, estes sintomas podem intensificar-se e atingir uma relevância clínica, daí a importância do apoio psicológico, de um modo complementar, no processo de diagnóstico e no decorrer dos tratamentos de Procriação Medicamente Assistida (PMA).
Além da infertilidade, o recurso às técnicas de PMA têm vindo a aumentar, como resultado do conhecimento decorrente das novas possibilidades e alternativas ao modelo tradicional de família, podendo ser utilizada como opção para os casais homoparentais ou na monoparentalidade. Nestes casos, não minimizando os efeitos físicos, altamente exigentes, é também um processo que acarreta implicações sociais e emocionais que poderão beneficiar do apoio psicológico especializado.
A consulta de Psicologia na Fertilidade versa também as questões que relacionam a saúde mental e a Menopausa. A nível mundial, a população de mulheres em processo de menopausa está a aumentar. A menopausa não é uma doença, no entanto são indubitáveis os impactos significativos que poderá ter, tanto ao nível da saúde física e psicológica como ao nível familiar, conjugal, sexual, social e até laboral. A falta de literacia e a ausência de formação específica para os profissionais de saúde, contribuem para que prevaleça o estigma em relação a este processo, o que leva a que os sintomas sejam vividos em segredo. Assim, a intervenção psicológica na menopausa centra-se nas repercussões deste processo na sexualidade, no sono, no peso e na autoimagem, entre outras.
Com o desenvolvimento da medicina obstétrica e com o desenvolvimento dos instrumentos de diagnóstico e de tratamento, o que se traduziu numa diminuição da mortalidade perinatal, tornou-se, quase certo, para os futuros pais, que a confirmação da gravidez era a certeza de um filho saudável nos braços (Leal, 2016). Contudo, o processo reprodutivo continua a ser bastante frágil. O processo de luto por perdas no período gestacional, é um processo complicado para todos os intervenientes. O processo psicológico que se inicia na gravidez, de se tornarem pai e mãe, sobrepõe-se às questões biológicas da concepção. Assim, as implicações da perda de uma gravidez implicam um reequacionar de diversos processos que se iniciam no momento de confirmação da gravidez, como, por exemplo, as alterações corporais da mulher, expectativas face ao bebé idealizado e esperado e da construção de um auto-estima parental. A consulta de Psicologia na Perda Gestacional intervém em processos de perdas gestacionais, mortes fetais e neonatais, ajudando as mães e os pais no processo de elaboração da perda, de modo a torná-la real e integrada nas suas vivências. Atua também em situações de luto parental face ao diagnóstico de malformação fetal na gravidez.
Considerando que o desejo da maternidade não é instintivo, mas sim um desejo construído, que se insere num projeto de vida, as sessões de Psicologia na Pré-Conceção surgem numa lógica de prevenção e de promoção de uma melhor adaptação a uma futura gravidez e a um processo que se assume como irreversível, como é a transição para a parentalidade. Alguns estudos referem que a incidência de perturbações psicopatológicas é mais elevada nos momentos de transição para a parentalidade do que em qualquer outro momento do ciclo vital da mulher. Neste sentido, torna-se evidente que o acompanhamento psicológico nesta fase pode traduzir-se numa gravidez e num puerpério mais adaptativos. A intervenção pode abordar os medos, expectativas, informações desajustadas relativas ao processo de gravidez e de parentalidade, permitindo também o despiste de psicopatologia pré-existente a estes processos.